"We don't need no thought control. All in all you're just another brick in the wall" (Pink Floyd - The Wall)

Saturday, August 20, 2011

Considerações Iniciais...









(Gravura - cartaz do filme Pink Flyod, The Wall, com o qual me identifico muito)




Minha mãe contava que comecei a falar bem cedo e com 1 ano e 7 meses já falava tudo e bem explicado. E, pelo jeito, mesmo em tão tenra idade, já filosofava sobre a vida (e, provavelmente, preocupava-me com ela). Estava, um dia, sentada quieta num canto e uma tia que estava nos visitando perguntou, de brincadeira, no que eu estava pensando. Respondi: "Pensando na vida...". Gargalhada geral, o feito devidamente registrado no "Álbum do Bebê" e meus pais com a certeza de que estavam com uma criança-prodígio em casa. Lembro que naquele tempo as pessoas gostavam muito de brincar com as pessoas que estavam quietas e sempre faziam a pergunta "está pensando na vida?". Eu estava provavelmente só imitando as brincadeiras que ouvia, o que, de qualquer jeito, já era adiantado para uma criança tão pequena.... não sei se nessa ocasião estava "realmente" pensando na vida, mas não demorou muito para que pensasse e pensasse e pensasse, não só na vida, mas em tudo com uma intensidade desmedida. A mente sempre trabalhando sem cessar, querendo saber o porquê de tudo, o sentido da vida, do amor e da morte. E quanto mais se pensa, mais se sofre. Reparem que as pessoas que vivem uma vida simples são geralmente alegres, mesmo no meio das maiores privações e desgraças, pois não é a gravidade do mal que determina o nível de sofrimento, mas sim o modo como a nossa mente avalia o acontecimento trágico. Isso parece, pelo menos na minha opinião, explicar o porquê de certas pessoas, apesar de condições totalmente adversas, vencerem na vida: como, por exemplo, um paraplégico que pinta quadros incríveis com a boca e transforma em arte o que poderia ser só tragédia, enquanto outros, por causa de um zero numa prova se atiram do décimo andar de um prédio.

Mas permitam-me que me apresente. Meu nome é Diana, tenho 48 anos e sofro de Fobia Social desde que me entendo por gente, o que me faz crer que já nasci assim. Sou "carioca da gema" mas estou há 12 anos morando nos Estados Unidos, pois me apaixonei e casei com um americano maravilhoso que conseguiu me aceitar do jeito que sou, e não é tarefa fácil (quem me conhece é que sabe!). Agora tenho um filhinho lindo de 9 anos. Sofro também de "Ansiedade Generalizada, de um "pouco" de TOC, de Síndrome do Intestino Irritável e de "Síndrome das Pernas Inquietas", além de muitos outros "achaques" (risos). Realmente, como diz o velho ditado, "estou com tudo e não estou prosa" pois todos esses distúrbios, até o presente momento, têm causas desconhecidas e os tratamentos disponíveis estão ainda em fase de estudo e longe de serem os ideais. Mas o importante é não perder a esperança e, enquanto a cura não vem (e nem podemos saber se algum dia virá...), aprender a viver e a seguir em frente com nossas limitações, fobias e fraquezas. Creio que a sociedade nos cobra uma mudança - temos que nos curar a qualquer custo e mudar nossa maneira de ser e sentir para nos enquadrarmos ao comportamento aceito como "normal" e, só assim, sermos aceitos. Mas a sociedade também deve cumprir sua parte, é possível fazer muita coisas para tornar a nossa vida menos sofrida e nosso caminho menos pedregoso. Bons sapatos ajudam a atravessar uma estrada pedregosa, mas a solidariedade dos que vão varrendo o caminho e eliminando algumas das pedras também é importante e necessária! Mas vou desenvolver esse e os demais assuntos relacionados à Fobia ao longo da minha página.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA:

Esta página contém MINHAS reflexões sobre o problema da fobia social, o MEU ponto de vista: o que sinto, penso, experimento e sofro. Não tenho NENHUMA formação médica ou psicológica e não pretendo, de jeito algum, influenciar alguém ou desencorajar quem quer que seja com meu modo de pensar. Acredito piamente que cada ser humano é ÚNICO, a mente humana, complexa como o universo, faltando muito para o homem conhecê-la em plenitude . NUNCA tome remédios ou tome decisões sobre medicamentos sem orientação médica. Creio que tenho o direito a dar minha opinião sobre um mal do qual sofro e não espero que concordem comigo e nem procuro impor minha maneira de pensar. Cada um é livre de chegar à conclusão que quiser. Muitas vezes minhas opiniões vão parecer chocantes, desencorajadoras e até mesmo muito agressivas e acredito que todos tenham um nível de discernimento pelo menos razoável para não se deixarem influenciar pelo que escrevo. Não é minha intenção magoar ou ofender quem quer que seja mas... sou politicamente incorreta justamente numa época em que isso não fica nada bem... e sempre pareço estar "nadando contra a maré"... Mas apenas procuro a VERDADE, pois "ela nos libertará"...
Por favor não me contactem para "conselhos" ou para fazer uma "terapia informal" comigo. Não tenho vocação para terapeuta e além disso, de problemas já bastam os mesmos. Nem sei resolver minha vida, como vou ter poder para resolver a dos outros...Nem sou "guru" de ninguém, que isso fique BEM CLARO.

E... AVISO AOS QUE "GOSTAM DE SE APROPRIAR DO TEXTO ALHEIO":

Fico sempre chocada com a constatação de que a internet se tornou uma verdadeira "terra de ninguém". A gente se esforça, pesquisa, se dedica, escreve um texto... para depois vê-lo copiado em milhares de páginas, às vezes só com uns "sinônimos" sapecados aqui e ali para que a cópia não seja tão evidente, sem que as pessoas citem o nome do autor ou ao menos coloquem um link para a página de onde foi tirado tal texto. Na maioria das vezes, atribuem a si mesmos a autoria. Sei que estou ficando velha, mas no meu tempo de escola e faculdade, copiar um texto sem citar fonte, ou seja, livro e autor, era zero na certa e plágio é um crime muito sério. No caso de tese, então, creio que implicaria em cassação do diploma. Sei que existe muita gente estudando a FS e que muitos estudantes de psicologia ou psiquiatria estão escrevendo teses de mestrado ou doutorado sobre o tema, ou mesmo uma simples dissertação para o curso universitário. Embora não goste de ser tratada como cobaia, compreendo que a doença ainda está em fase de estudo e, por isso mesmo, é preciso obter informação e estudar o maior número de casos possível. O depoimento dos fóbicos é fundamental, claro: quanto mais se souber sobre a doença mais chances haverá de tratá-la ou de tomar atitudes que tornem a vida dos fóbicos menos sofrida. A verdadeira arma dos fóbicos sociais é a conscientização. Mas, por favor, sejam gentis, éticos e profissionais! Se quiserem citar minhas "reflexões", peçam permissão antes, enviando-me uma mensagem por e-mail. E no caso de sites ou blogs, não custa nada colocar um link para o meu blog, não é? ;-) Se não agirem assim, como poderemos confiar em vocês e respeitá-los como profissionais?

Desde já agradeço a gentileza.









BLOG AINDA EM CONSTRUÇÃO! SOU "ANTIGA", DO TEMPO DAS WEBPAGES, E ESTA É A MINHA PRIMEIRA TENTATIVA DE TER UM BLOG. AINDA ME ENROLO TODA COM TEMPLATES, FORMATAÇÕES E ESSAS COISAS, ENTÃO, DESCULPEM O MAL JEITO! RSRSRSR